sábado, 2 de março de 2013
Montanhas
Uma garotinha chegou junto a mim, numa árvore aonde eu recostava não só minha matéria, mas também minh'alma, e disse:
- O que fazes aí, moça bonita, tão solitária e triste?
E eu respondi a amável garotinha:
- Pensando numa estratégia para derrubar as muralhas ao redor no meu coração e do meu espírito. E você, o que faz aqui nessas terras tão hostis? Estranho que você me parece familiar...
- Eu estou trabalhando.
- Que curioso! Tão nova trabalhando! O que você faz, afinal? - Respondi intrigada.
- Ah, sim. Você com certeza me conhece de algum lugar. Uma pena eu não poder te levar a esse lugar. Mas você pode chegar lá sozinha!
- Nossa, sério?
- Bom, você não está procurando uma resposta para suas angústias? Lá você encontrará.
- Como você tem tanta certeza, pequenina?
- Porque eu sou você. Sem essa casca de mágoas, sem todo peso que carregas nas costas. Sem todos esses anos de super-exposição a toda sorte de coisas doentias que você já passou. Eu sou simplesmente o seu eu, puro, esperançoso, sem medos e leve como uma pluma.
Eu, abalada com a revelação indaguei:
- Mas então me diga, pequena eu... Como eu faço para me livrar desse fardo? Estou no limite do limite da sanidade!
- Está vendo aquela montanha? Não a cinzenta e com neve, mas aquela outra, que parece estar sorrindo. Então, suba aquela montanha.
- Ahn?! Mas como assim? Sempre achei que para uma grande conquista era preciso passar por imensos desafios.
- As vezes, as coisas que são boas, simples e belas demais assustam os corações machucados. E é o seu caso. Pois bem. Siga o caminho bonito. Eu sei que esse é o seu maior medo. Mas se conseguir, estarás livre.
E assim terminou a história. Pois eu não tive coragem de subir a bela montanha. Mas desde aquele dia em diante, eu sempre soube que a "pequena eu" estava certa.
L.S.M
Postado por L. Marins às 14:58 1 comentários
terça-feira, 27 de novembro de 2012
After the storm
Muita gente quer amar e ser amada, certo?
E essas pessoas param para refletir, profundamente, sobe o significado do amor?
Eu, através de muito murro em ponta de faca, muito pranto, lágrimas e sangue, realizei no fundo do meu âmago que:
Se aquele amor realmente existe, ele volta. Não importa quando nem como.
Que quando é amor, o perdão é puro e sincero.
Os laços se fortalecem após uma grande tempestade.
Você VAI FAZER DE TUDO - até o que você NUNCA se imaginaria fazendo - para ver o ser amado bem. Ou ao menos tentar. Nem que isso custe a sua própria felicidade. O que no final das contas, vale a pena. Poque se quem você ama está bem, seu coração se acalma e você pode seguir em paz.
Muitas pessoas em posições periféricas na sua vida irão criticar, te chamar de louco e dizer que você não tem amor-próprio. Mas... Qual é o limite do verdadeiro amor? Aquele que você sente, como se algo divino estivesse te dando a certeza. É uma linha tênue, sem dúvida.
Amor NÃO É paixão. Assim como a paixão é passageira o amor prevalece. Acima de tudo.
O amor de verdade te faz querer ser melhor, mesmo que depois de muita, MUITA mágoa e dor.
Me fez melhor! Muito melhor!
Achei que minha fase de aprendizado a base de sofrimento não iria acabar nunca... Porém agora, vejo que a aprendizagem continua, mas com alguém que valoriza o amor de verdade, junto à mim.
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sábado, 29 de setembro de 2012
Branca de Neve, de novo.
Branca de Neve atravessa a floresta negra. Sofre.
Sai dali e encontra amigos. Fica amparada.
Branca de Neve é seduzida pela beleza. É atacada pelo mal.
Morre.
O amor a resgata da morte.
-
Na realidade não existe vida após a morte.
Postado por L. Marins às 17:03 0 comentários
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Conversando com meu novo ídolo contemporâneo hoje, eu disse:
...Muitas coisas chatíssimas acontecendo na minha vida.
Mas agora pouco mesmo eu tive um insight voltando da faculdade... Aquelas coisas que a gente sempre pensa, mas tem AQUELA vez que a gente pensa... "será que morremos e acaba mesmo?"... E, pela primeira vez na inha vida adulta, eu comecei a cogitar SERIO na importância do ser humano. Eu sou meio niilista, sabe? Sempre reduzi o ser humano a um simples animal, como qualquer outro na Terra. Mas to começando a ver algo REALMENTE especial em nós.
E fica em mim a nova reflexão.
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Certa vez uma amigo me falou:
- És uma espécie de anjo que trafega entre o céu e o inferno. Deus e o satanás brigam por ti!
Refleti...
E descobri que é verdade.
Infelizmente.
Eu só queria não ser isso.
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Existe uma montanha. Nesta montanha existem maravilhas perdidas, lá no cume.
Absorta pela magia daquelas maravilhas, cega pelo desejo de poder contemplá-las, fui correndo, tola, pelo caminho ingrime e caí.
Caí, caí e muitas vezes mais caí.
Machucada, desapontada, me entristeci por não conseguir o que tanto almejava.
Descobri que querer não é poder.
Poder é se preparar para conseguir o que se quer.
Então, fui correr maratonas. Preparar meu fôlego.
Meditando, preparando meu corpo e minha mente.
Procurando adquirir os instrumentos que preciso para a grande escalada. Cordas firmes, roldanas, cadeirinha, mantimentos e tudo que se é necessário para tal feito.
Coragem.
Subir.
Chegar.
E jubilar a glória das maravilhas acalçadas.
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domingo, 16 de setembro de 2012
Já vi luzes algumas vezes na minha existência nesse lugar chamado Terra.
Luzes de muitas cores e intensidades.
Contanto, houve uma luz. Uma única luz pela qual a minha escuridão mostrou seu valor. (Algo como Martin Luther King, Jr. disse: "Only in the darkness can you see the stars.")
Minha escuridão se mostrou importante somada à luz. Àquela luz.
O Universo fez, minimamente, algum sentido e as cores começaram a surgir em meu âmago.
Todavia a luz se fez ausente...
A falta daquela luz acendeu minha escuridão.
Escuridão essa cuja a única companhia se faz presente ao meu lado. Incansável.
Na escuridão ninguém pode ver você. Nem você mesmo.
E ela acaba sendo a única coisa pela qual você consegue sobreviver.
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quarta-feira, 12 de setembro de 2012
A mais perfeita traudução da minha alma
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.
Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário da mágoa sepultada.
Eu sei a sua história. - Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso
- O segredo d’um peito torturado -
E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça - o coração saudoso,
Chora, gargalha, a desgraçada estulta.”
Postado por L. Marins às 06:46 0 comentários
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Saber sentir a beleza das coisas é uma virtude incomparável.
Sentar na neve, sentir o ar frio, sem medo de congelar.
Pegar um belo inseto sem temer picada ou veneno letal.
Jogar-se nas águas de um rio e contemplar a lua cheia num dia de inverno.
Apenas pela beleza... Não importa o que te espera.
Sentir no fundo do peito um amor que te preenche, sem temer que, em breve não terás mais coração.
A maior virtude mate-te aos poucos.
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domingo, 26 de agosto de 2012
Adaptando as palavras de Dona Edi
"Minha filha, você é uma flor do amor.
Não pode murchar.
Você nasceu com dom pra isso e não há ng que te conheça melhor que eu pra afirmar isso.
Olhe pra você, vermelha, linda, cheia de amor dentro de você.
Não deixe o que e fizeram acabar com essa beleza.
Não murche.
Você tem que estar sempre pronta para um beija-flor."
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Aquelas palavras ecoam na minha mente fazendo-me sentir esquizofrenica.
Aquela sensação, aquela... Se transforma em um grande verme que dilacera minhas vísceras minuto por minuto e cada minuto é como eras.
Meu maior desejo é que fossemos aquela árvore.
Primavera, verão, outono e inverno...
Mesmo com invernos longos, nórdicos, queria a certeza de uma primavera vindoura.
Com flores, perfume, cores e sabores. Meus e seus.
Eu poderia ser aquela cerejeira que você tanto falou... E que você fizesse o que você dizia querer fazer outrora.
Eu seria uma rocha, impenetrável e inabalável, se eu soubesse que a sua jóia ainda é minha... Pois a minha é tua.
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Morte! Morte! Matem-na!!!
Fria, languida e pálida.
Ora sensível, ora resistente como uma rocha.
Frágil como uma pluma mas sempre cruel.
Te vejo como um vento,
Como uma viúva,
E como uma donzela.
Te respeito como o mar, pois és imponente e contigo até os bravos enfraquecem.
Sucumbimos, desidratamos e até morremos, como indigente. Por culpa sua, tão somente sua.
És como um vírus que ataca sorrateiramente ou como uma serpente dando bote.
E não há outra forma, ou nenhum grande alquimista que possa livrar-se de da sua presença sem o eliminar da sua alma.
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terça-feira, 21 de agosto de 2012
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terça-feira, 20 de março de 2012
Quando eu morrer...

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terça-feira, 6 de setembro de 2011
I'm tired
I'm really, really tired. I'm fucking TIRED.
Of what?!
Well, let me see...
Of being in a neighborhood that is miles away to everything and where I don't have any friends.
Tired of recieve that look of "omg, what a freak!" from my family, tired to wake up and have breakfast with my mom screaming to me - litterally - without a reason for such rage.
Fucking tired of hear "oh dear, your SO beautiful"... Oh well, I guess beatiful didn't brought me anything at wall. 'Cause I don't get a job because of my beauty. "Luciana is a really inteligent person"... OK, agreed. But I also don't get a job for my work qualifications, 'cause there's always going to have someone with all your qualification (AND MORE) and job experience... OH BLOODY HELL! How could I get job expireinces if nobody gets me a motherfuckin' job?!
I'm a student and I need to get a traine job but in this Country if your were not expectacullar good in everything you will not get ANYTHING.
I guess that my mom is right... The problem is me! Simple as that.
That's why I just want to end it up. My "life", my world, everything... I just like to blow. FOR REAL, for good, forever.
I'm not tired. I'm not just tired... I'm exhausted of being me.
Postado por L. Marins às 11:25 0 comentários
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Gaia
Grande Mãe, toma-me em teu leito
Conecte-me a ti
Embala-me com teu canto
Encha-me de paz.
Grande sábia, juíza de tudo e todos
Conecte-me a ti
Faça-me pertencer
Sinto sua alma em meu ser.
Postado por L. Marins às 14:51 0 comentários
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
às 16hs
X - "...Quando eu percebi estava naquele pêndulo, com os ombros encolhidos, olhando ao redor algum objeto pontiagudo que magicamente me fascinava e só pensava em enfia-lo na minha carne, rasga-la até fazer aquela dor do meu coração sumir. Então eu fui para o banheiro me isolar feito um bichinho com medo. E tudo que me acalmava era o gotejar do chuveiro (pin, pin, pin... sem cessar)."
A - "Percebe que você se puniu por sentir amor? Ao invés de você por a cara e assumir o que sentia, levantar e lutar por isso, você mesma se deu um não. Sempre a auto-punição."
X - "Não tinha percebido isso... É a mais pura verdade. Sou mesmo uma covarde."
Postado por L. Marins às 16:12 0 comentários
sábado, 27 de agosto de 2011
Dói.
Só não sei o que doí mais, se é o que está me causando a dor ou se é o fato de eu ainda senti-la.
Postado por L. Marins às 21:57 1 comentários
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Crie uma grande e fortíssima muralha.
Ou, corra livremente pelos campos e pastos da vida, sem armadura, sem escudo... sem espada.
(...)
Sempre fui a criatura da segunda escolha. Sempre me orgulhei disso e bradei aos quatro ventos que era muito melhor viver assim.
Porém chega um momento na sua vida, que o instinto de sobrevivência fala mais alto. E seu corpo já machucado e as feridas expostas gritam por proteção.
Mesmo sabendo que a solidão é um veneno, um mofo que entranha em sua carne e te faz padecer, é melhor sentir que você está apodrecendo por tentar se preservar do que sentir as pedradas ferindo sua carne que outrora você sentia...
Pedradas essas atiradas por aqueles aos quais você confiou a sua pedreira.
Abrir seu mundo e abrigar aquele que você por tanto custo passou a amar e receber em troca um prato de navalhas é pior do que morrer sozinha, consumido pela sua própria solidão.
Postado por L. Marins às 18:39 0 comentários
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Lá se vai ele sem nem ao menos chegar.
Tentou dar o ar da graça, mas ficou escondido atrás da porta, tímido.
Feito criança arredia...
Já se vai.
E nem foi.
Postado por L. Marins às 21:09 1 comentários